A saga do bolo confeitado - parte II
Querem primeiro a notícia boa ou a ruim?
A boa foi que acho que acertei uma massa de muffin bem levinha e fofinha, mesmo sem usar iogurte, e fiquei super orgulhosa por ter dado meus pitacos e ver que funcionaram!
A má foi que pensei: vou ser mais modesta desta vez, e ao invés de querer decorar logo um bolo inteiro com pasta americana, vou decorar um cupcake, "NÃO É POSSÍVEL QUE EU NÃO CONSIGA!!!"
Foi...
Não se iluda, as aparências enganam:
Depois de tirar a foto, a cobertura de glacê derreteu mais que gelo em dia quente...
Mas eu não vou desistir, tô de olho numa cobertura que só ainda não testei pq leva cream cheese e ainda não achei por aqui pra comprar.
Mas tava gostoso, ó:
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Eu fui obrigada a dar uma mordida pra tentar mostrar o recheio de creme de chocolate que eu coloquei dentro (creme de leite -1cx, chocolate meio amargo - 150gr, manteiga - 1 colher de sopa e maizena - 2 colheres de sopa no fogo até engrossar).
Veja bem, eu não saí da dieta, foi tudo em nome da ciência. Em vão, pq num dá pra ver nada né.
Vamos à receita da massa:
Modo de fazer:
Peneire a farinha com o fermento e o bicarbonato e reserve. Bata a manteiga com o açúcar e acrescente os ovos, um a um, depois a essência. Acrescente o chocolate em pó, depois metade da farinha peneirada com o trigo, em seguida o leite e depois a farinha restante. Distribua nas forminhas (enchendo até um pouco mais da metade) e asse em forno pré-aquecido a 180 graus por mais ou menos meia hora ou até passar no teste do palito. Rende 12 muffins ou 20 mini-muffins.
A cobertura, eu já dei a receita aqui. A diferença foi que nessa eu coloquei todo o açúcar de confeiteiro do mundo pra ver se conseguia o ponto, e usei um pouquinho de corante (será que foi esse o problema?). Na hora ficou lindo, mas depois... buááááá.
Considerações:
A primeira vez que provei essa farofa foi numa manhã de sábado. Estávamos eu e minha avó em casa, ela cozinheira de mão cheia me elegeu para o cargo de ajudante e fomos nós duas pra cozinha preparar o almoço.
Naquele dia eu nem tinha consciência do que um momento como aquele representaria pra mim anos mais tarde. E nem que eu não a veria mais depois daqueles dias que passamos juntas. Essa é a parte triste.
Mas eu queria falar dessa coisa de cozinhar junto, essa cumplicidade... É com pouquíssimas pessoas que me sinto à vontade pra fazer isso. Não é um simples misturar de temperos, esperar o tempo certo e colocar na mesa. Não, é um ritual. E entre o vai e vem de panelas e ingredientes rola uma conversa gostosa. Às vezes me pego imaginando eu e minha filha na cozinha, assim como fico eu e minha mãe marocando ao redor do fogão quando ela vem me visitar.
Mas voltando ao sábado: ali eu era apenas uma coadjuvante, a professora era ela, e ela queria me ensinar uma receita que tinha aprendido com a Ofélia, de quem me deu um exemplar autografado. Logo descobri que esse era um tipo de prato que eu guardaria na memória pra sempre, e como imaginei, vez em quando ele aparece aqui na nossa mesa.
A farofa de arroz é uma receita totalmente aberta a adaptações. Não dá nem pra dizer que é uma receita. Mas vou tentar mostrar a "alma do negócio", e cada um se sinta à vontade pra fazer com os ingredientes que quiser. Para duas pessoas:
Nessa proposta você tem um prato único. Pode também não colocar nenhum tipo de carne, e servir como acompanhamento. Pode levar ou não vagem. Pode levar ou não ovos. Enfim, invente, tente, faça uma farofa de arroz diferente!
Pensando sobre receitas com a cara da MINHA mãe, lembrei de um clássico que sempre pintava na mesa: a "galinha da preguiça" que consiste numa galinha guisada feita na panela de pressão com bastante caldo, e a este quando está secando acrescenta-se arroz, que volta pra pressão e absorve todo aquele temperinho gostoso, hummmmmmmm...
Como não tinha galinha em casa, mas tinha uma charque linda que ganhei do meu sogro (sempre que ele vê uma charque bonita lembra da gente), pensei: será que dá certo se eu trocar a galinha pela charque?
E num é que deu?
Ingredientes:
E eu, querendo me matar por não ter tirado uma foto do frango inteiro! Tava lindo, gente, lindoooooo...
Minha maior vergonha era nunca ter tentado assar um frango inteiro. Na verdade, tentei uma vez, mas não deu certo, e esqueci por um tempo a questão. Sim, comemos muito frango aqui em casa, mas é sempre peito, peito e peito.
Mais uma vez salva pelo Jamie Oliver, que me ensinou a fazer O frango assado. Depois que você prepará-lo, nunca mais vai querer comer outro. Ele é perfumado, a carne fica macia e suculenta, com um lindo dourado por fora. E a despeito de toda sua magnificência, o preparo é extremamente fácil.
Mais uma receita pra minha lista das "quando-queremos-impressionar":
Se quiser colocar batatinha junto também, fica excelente. Eu não coloquei, pois servi junto com ele essa salada de batatas (no lugar da maionese caseira, usei requeijão caseiro, achei melhor) e arroz integral.
Se você aí também nunca fez frango assado, pode testar esta receita. Nunca tinha feito frango assado. E nunca tinha comido um frango tão gostoso também =) Palmas pro Jamie!
A boa foi que acho que acertei uma massa de muffin bem levinha e fofinha, mesmo sem usar iogurte, e fiquei super orgulhosa por ter dado meus pitacos e ver que funcionaram!
A má foi que pensei: vou ser mais modesta desta vez, e ao invés de querer decorar logo um bolo inteiro com pasta americana, vou decorar um cupcake, "NÃO É POSSÍVEL QUE EU NÃO CONSIGA!!!"
Foi...
Não se iluda, as aparências enganam:
Depois de tirar a foto, a cobertura de glacê derreteu mais que gelo em dia quente...
Mas eu não vou desistir, tô de olho numa cobertura que só ainda não testei pq leva cream cheese e ainda não achei por aqui pra comprar.
Mas tava gostoso, ó:
.JPG)
Eu fui obrigada a dar uma mordida pra tentar mostrar o recheio de creme de chocolate que eu coloquei dentro (creme de leite -1cx, chocolate meio amargo - 150gr, manteiga - 1 colher de sopa e maizena - 2 colheres de sopa no fogo até engrossar).
Veja bem, eu não saí da dieta, foi tudo em nome da ciência. Em vão, pq num dá pra ver nada né.
Vamos à receita da massa:
- 1 xícara e meia de de farinha de trigo
- 1 e 1/2 colher de chá de fermento em pó
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- 1 xícara não muito cheia de açúcar
- 100gr de manteiga (ou uma colher de sopa beem generosa)
- 3 ovos
- 1 xícara de leite misturada com uma colher de vinagre (é uma tentativa de imitar o buttermilk, usado nas receitas originais de cupcake)
- 1/4 de xícara de chocolate em pó (aquele que é 50% cacau, se quiser fazer com achocolatado, diminua a quantidade de açúcar)
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
Modo de fazer:
Peneire a farinha com o fermento e o bicarbonato e reserve. Bata a manteiga com o açúcar e acrescente os ovos, um a um, depois a essência. Acrescente o chocolate em pó, depois metade da farinha peneirada com o trigo, em seguida o leite e depois a farinha restante. Distribua nas forminhas (enchendo até um pouco mais da metade) e asse em forno pré-aquecido a 180 graus por mais ou menos meia hora ou até passar no teste do palito. Rende 12 muffins ou 20 mini-muffins.
A cobertura, eu já dei a receita aqui. A diferença foi que nessa eu coloquei todo o açúcar de confeiteiro do mundo pra ver se conseguia o ponto, e usei um pouquinho de corante (será que foi esse o problema?). Na hora ficou lindo, mas depois... buááááá.
Considerações:
- Para fazer a massa de outro sabor, retire o 1/4 de xícara de chocolate em pó e acrescente essa mesma quantidade de farinha de trigo. E na hora de usar o leite, use algum suco (quantidade não me pergunte que eu não sei, se alguém souber e nos contar, eu agradeço). Ou pode usar o leite com vinagre e acrescentar pedaços de chocolate ou banana na massa, ou ainda, fazer a massa básica e colocar recheio no cupcake depois de assado, como ensina aqui.
- Vale a pena investir no bicarbonato de sódio, ele REALMENTE deixa a massa super leve e ajuda a crescer bonito. É barato (vende na farmácia, um potinho não é mais que R$ 3,00), rende muito e tem mil e uma utilidades, nas receitas e etc: desde clarear os dentes até limpeza de panelas. É só pesquisar no google.
Não esqueçam do sorteio!!!
Farofa de arroz
A primeira vez que provei essa farofa foi numa manhã de sábado. Estávamos eu e minha avó em casa, ela cozinheira de mão cheia me elegeu para o cargo de ajudante e fomos nós duas pra cozinha preparar o almoço.
Naquele dia eu nem tinha consciência do que um momento como aquele representaria pra mim anos mais tarde. E nem que eu não a veria mais depois daqueles dias que passamos juntas. Essa é a parte triste.
Mas eu queria falar dessa coisa de cozinhar junto, essa cumplicidade... É com pouquíssimas pessoas que me sinto à vontade pra fazer isso. Não é um simples misturar de temperos, esperar o tempo certo e colocar na mesa. Não, é um ritual. E entre o vai e vem de panelas e ingredientes rola uma conversa gostosa. Às vezes me pego imaginando eu e minha filha na cozinha, assim como fico eu e minha mãe marocando ao redor do fogão quando ela vem me visitar.
Mas voltando ao sábado: ali eu era apenas uma coadjuvante, a professora era ela, e ela queria me ensinar uma receita que tinha aprendido com a Ofélia, de quem me deu um exemplar autografado. Logo descobri que esse era um tipo de prato que eu guardaria na memória pra sempre, e como imaginei, vez em quando ele aparece aqui na nossa mesa.
A farofa de arroz é uma receita totalmente aberta a adaptações. Não dá nem pra dizer que é uma receita. Mas vou tentar mostrar a "alma do negócio", e cada um se sinta à vontade pra fazer com os ingredientes que quiser. Para duas pessoas:
- 1 xícara de arroz cozido
- 1 xícara de farinha de sua preferência
- Cebola, tomate, pimentão
- 3 linguiças defumadas da pequena, ou 1 da comprida
- 1 xícara de vagem cozida
- 2 ovos
- Sal e pimenta do reino à gosto
- Cheiro verde à gosto para salpicar
- Refogue a cebola, tomate e pimentão picados em óleo ou azeite
- Junte a linguiça e doure
- Acrescente os ovos, aguarde 1 minuto sem mexer, depois mexa rapidamente para que ele se misture aos demais ingredientes
- Junte a farinha, misture bem
- Acrescente o arroz e a vagem, misture bem
- Acerte o sal, a pimenta do reino à gosto, salpique o cheiro verde e sirva
Nessa proposta você tem um prato único. Pode também não colocar nenhum tipo de carne, e servir como acompanhamento. Pode levar ou não vagem. Pode levar ou não ovos. Enfim, invente, tente, faça uma farofa de arroz diferente!
Charque da preguiça ou Arroz carreteiro na pressão
Pensando sobre receitas com a cara da MINHA mãe, lembrei de um clássico que sempre pintava na mesa: a "galinha da preguiça" que consiste numa galinha guisada feita na panela de pressão com bastante caldo, e a este quando está secando acrescenta-se arroz, que volta pra pressão e absorve todo aquele temperinho gostoso, hummmmmmmm...
Como não tinha galinha em casa, mas tinha uma charque linda que ganhei do meu sogro (sempre que ele vê uma charque bonita lembra da gente), pensei: será que dá certo se eu trocar a galinha pela charque?
E num é que deu?
Ingredientes:
- 1/2 Kg de uma boa charque dessalgada (eu fervi três vezes trocando a água a cada fervida)
- 1/2 cebola picada
- 1 dente de alho picado
- 1 tomate picado
- 1 pimentão picado
- 1 xícara de coentro picado
- 2 e 1/2 xícaras de arroz
- Coloque a charque inteira na panela de pressão junto com a cebola (com água suficiente para cobrir a carne) e conte mais ou menos trinta minutos depois que começar a fazer o barulhinho. Verifique se a carne está mole ou ainda precisa de mais tempo. Não escorra a água!
- Quando a charque estiver num ponto em que seja possível desfiá-la, retire com cuidado da panela, despreze as "gordurinhas", desfie e coloque na panela de novo.
- Acrescente os demais ingredientes (menos o coentro), se for necessário coloque mais água (a medida é que a água fique um dedo acima do conteúdo da panela), volte para o fogo.
- Conte cinco minutinhos depois que o barulhinho começar, feche o fogo, abra a panela e verifique se a água secou e o arroz cozinhou, se não, volte para o fogo mais um pouquinho.
- Disponha num refratário, junte o coentro picado e D-E-V-O-R-E!
Essa quantidade serve seis pessoas educadas ou quatro pessoas esfomeadas.
Poderá também gostar de:
Meu primeiro frango assado
E eu, querendo me matar por não ter tirado uma foto do frango inteiro! Tava lindo, gente, lindoooooo...
Minha maior vergonha era nunca ter tentado assar um frango inteiro. Na verdade, tentei uma vez, mas não deu certo, e esqueci por um tempo a questão. Sim, comemos muito frango aqui em casa, mas é sempre peito, peito e peito.
Mais uma vez salva pelo Jamie Oliver, que me ensinou a fazer O frango assado. Depois que você prepará-lo, nunca mais vai querer comer outro. Ele é perfumado, a carne fica macia e suculenta, com um lindo dourado por fora. E a despeito de toda sua magnificência, o preparo é extremamente fácil.
Mais uma receita pra minha lista das "quando-queremos-impressionar":
- 1 frango inteiro, sem os miúdos (aquele saquinho que vem dentro com pé e outras coisinhas)
- 1 limão
- Alecrim, louro, manjericão, salsa e hortelã à gosto
- Sal e pimenta do reino à gosto
- Azeite (umas 3 colheres de sopa)
- Lave bem o frango em água corrente e esfregue uma das metades do limão nele todo
- Com uma faca, cuidadosamente, desprenda a pele da carne, sem cortá-la (basta ir deslizando a faca com o auxílio das mãos por dentro da pele que ela vai soltando)
- Esfregue sal e pimenta do reino na carne (por baixo da pele)
- Pique ou soque num pilão: manjericão, salsa e hortelã (quanto mais, melhor) e depois distribua as ervas sobre a carne (por baixo da pele)
- Corte a outra metade do limão em quatro partes e coloque no orifício do frango junto com as folhas de louro e o alecrim
- Puxe a pele para cobrir todo o frango, amarre-o bem com um barbante pelas coxas, asas e peito para que nada de tempero se perca
- Arrume-o em uma assadeira e leve à geladeira por 2 horas
- Aqueça o forno a 180 graus, regue o frango com azeite e cubra com papel alumínio
- Leve ao forno por 1 hora, retire o papel e volte ao forno até dourar
- Retire o barbante e o conteúdo do orifício e sirva
Se quiser colocar batatinha junto também, fica excelente. Eu não coloquei, pois servi junto com ele essa salada de batatas (no lugar da maionese caseira, usei requeijão caseiro, achei melhor) e arroz integral.
Se você aí também nunca fez frango assado, pode testar esta receita. Nunca tinha feito frango assado. E nunca tinha comido um frango tão gostoso também =) Palmas pro Jamie!
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